Santo Ambrósio - 07/12 Bispo e Doutor da Igreja
Hoje fazemos memória em toda a Igreja de Santo Ambrósio, Bispo e Doutor da Igreja.
De nobre e distinta família romana, nasceu provavelmente em 339, em Tréviros, onde seu pai exercia o cargo de prefeito das Gálias.
A mãe ficou viúva muito cedo e voltou a Roma com três filhos.
- Marcelina, que se consagrou a Deus e tomou o véu das virgens;
- Sátiro, que morreu em 378, depois de exercer altos cargos do Estado;
- e Ambrósio, o último, que seguiu a carreira diplomática, tradicional na família.
Ambrósio desde cedo aprendeu a alimentar as virtudes cívicas e morais.
Ao ponto de ter sido governador da Emília, do Lácio e de Milão, antes de ser Bispo.
Estudou Direito antes de estudar Teologia.
A mãe de Ambrósio devia ser cristã praticante e generosa.
O Papa Libério (352-366) impôs pessoalmente o véu à filha dela, Marcelina, e parece que visitava a casa da nobre senhora romana.
Todos da família beijavam a mão de Libério.
Ambrósio, ainda criança, depois de se despedir do Pontífice, tratou de imitá-lo e estendeu a mão aos criados e à irmã, para que a beijassem.
Marcelina, recusou-a com bons modos mas ele respondia:
“Não sabes que eu também hei-de ser Bispo?”
Dizia então Ambrósio, por brincadeira, mais do que sabia.
No entanto, era para isso que a Divina Providência o destinava.
Ambrósio era governador de Milão.
Com a morte do Bispo de Milão, chamado Ariano, Ambrósio foi para a eleição do novo Bispo, a fim de evitar grandes conflitos.
Em meio a confusão, de repente uma criança grita: “Ambrósio, Bispo!”. O Clero e o povo aderiu e todos aclamaram: “Queremos Ambrósio Bispo!”.
O povo teve que teimar durante uma semana, até que vendo nisto a voz de Deus, Ambrósio que ocupava alto cargo no Império Romano e somente era catecúmeno, cedeu a vontade do Senhor.
O 1° Concílio de Niceia (325) tinha proibido que subisse ao Episcopado qualquer neófito.
Mas o Papa e o Imperador aprovaram a eleição.
Depois de batizado, foi ordenado sacerdote e logo em seguida Bispo de Milão.
Tudo isso no ano de 374.
Providencialmente usou as qualidades de organizador e administrador para o bem da Igreja.
Podendo, desse modo, atuar no campo pastoral, político, doutrinal, litúrgico, ao ponto de merecer o título de grande Doutor e Padre do Cristianismo no Ocidente.
Sua figura política ficou marcante, principalmente, quando aplicou ao Imperador uma dura penitência pública comum.
Pois teria Teodósio consentido uma invasão à cidade de Tessalônica, que resultou na morte de muitos.
À Imperatriz Justina, que desejou restaurar a estátua da deusa Vitória, opôs-se valentemente enquanto viveu.
Santo Ambrósio, como homem de Deus, partilhou sua riqueza material e espiritual com o povo; jejuava sempre;
Pai carinhoso e tão grande orador que teve papel importante na conversão de Santo Agostinho.
Deixou muitos escritos e morreu com 60 anos no ano de 397, após 23 anos de serviço ao seu amado Cristo, com estas palavras:
“Não vivi de tal modo que tenha vergonha de continuar vivendo; mas não tenho medo de morrer, porque temos um Senhor que é bom”.
Santo Ambrósio, rogai por nós!