Santa Pelágia - 08/10
Pelágia, primeiramente, era uma bailarina belíssima, escandalosa, muito divertida, festiva e pagã.
Costumava encantar e seduzir os homens com sua dança, alegria, roupas, jóias e outros ornamentos luxuosos.
Tornou-se, dessa forma, uma das figuras mais conhecidas da vida mundana e social de Antioquia e assim, adquiriu grande riqueza.
De acordo com a história, foi durante uma procissão, que o Bispo Nono percebeu a presença de Pelágia entre o povo, numa atitude desinteressada e debochada.
Iluminado por Deus o sábio bispo disse então, à multidão que, se uma simples mulher era capaz de enfeitar-se tanto para os homens, quanto mais deveríamos nós, enfeitarmos nosso interior para o encontro com Deus.
Aquela observação tocou o coração da bailarina pagã.
Ela foi para casa refletindo sobre as palavras do sermão e ali, chorou de arrependimento a noite toda.
No dia seguinte, procurou o Bispo, que a enviou à uma senhora cristã, para ser preparada para o Batismo.
Trocou as roupas e adereços de seda e ouro por uma túnica branca para ser batizada.
Depois disso retirou-se para Jerusalém, para viver como eremita, numa gruta, no Monte das Oliveiras.
Viveu afastada de todos e conservou sua identidade sob segredo, vivendo o resto da vida disfarçada de homem.
Somente quando morreu, os ermitãos descobriram que era uma mulher.
Foi então que reconheceram tratar-se da bailariana da Antioquia, agora, uma simples penitente arrependida, que se anulara do mundo, no seguimento do Cristo.
Santa Pelágia, rogai por nós!