São Nicolau de Tolentino - 10/09Eremita
O santo de hoje, São Nicolau de Tolentino, nasceu na Itália em 1245 dentro de uma família muito religiosa.
Seus pais, não podendo ter filhos e para conseguir do Céu a graça de que lhes chegasse algum herdeiro, fizeram, então. uma peregrinação ao Santuário de São Nicolau de Mira na cidade de Bari.
Assim, no ano seguinte, nasceu este menino.
Em agradecimento ao santo que lhes tinha conseguido o presente do Céu, puseram-lhe por nome Nicolau.
Com vinte anos, Nicolau ficou impressionado com a pregação de um monge eremita agostiniano.
A partir disso, acolheu o desafio da vida monástica como eremita.
Ordenado sacerdote em 1270, foi visitar um convento de sua comunidade e lhe pareceu muito formoso e muito confortável e dispôs pedir que o deixassem ali, mas ao chegar à capela ouviu uma voz que lhe dizia:
“A Tolentino, a Tolentino, ali perseverará”.
Comunicou esta notícia a seus superiores, e a essa cidade o mandaram.
Ao chegar a Tolentino, se deu conta de que a cidade estava arruinada moralmente por uma espécie de guerra civil entre dois partidos políticos, o guelfos e os gibelinos, que se odiavam até a morte.
A partir de então, se propôs dedicar-se a pregar como recomenda São Paulo: “Oportuna e inoportunamente”. E aos que não iam ao templo, pregava-lhes nas ruas.
São Nicolau percorria, principalmente, os bairros mais pobres da cidade consolando aos aflitos, levando os sacramentos aos moribundos, tratando de converter os pecadores, e levando a paz aos lares desunidos.
Passava horas e horas no confessionário, absolvendo aos que se arrependiam ao escutar seus sermões.
São Nicolau de Tolentino viu em um sonho que um grande número de almas do Purgatório lhe suplicavam que oferecesse orações e missas por elas.
Desde então dedicou-se a oferecer muitas Santas Missas pelo descanso das benditas almas.
Quando, pela graça de Deus, realizava algum milagre, pedia aos presentes: “Não digam nada sobre isto. Deem graças a Deus, não a mim”.
Os fiéis, impressionados por ver as conversões que obtinha e sua profunda espiritualidade, pediam-lhe que intercedesse pelas almas do purgatório.
Isso, então o levou, muitos anos depois de sua morte, a ser nomeado “padroeiro das santas almas”.
O santo padeceu por muito tempo de dores de estômago e, aos poucos, sua saúde foi piorando.
Um dia, a Virgem Maria apareceu a ele e instruiu-o a pedir um pedaço de pão, molhá-lo em água e comê-lo com a promessa de que se curaria por sua obediência.
Assim aconteceu e, por gratidão, São Nicolau abençoava pedaços de pão semelhantes e os dava aos enfermos, obtendo numerosas curas.
Partiu para a Casa do Pai em 10 de setembro de 1305 e foi enterrado na igreja de seu convento em Tolentino.
Muitas décadas depois, seu corpo incorrupto foi exposto e diz-se que um homem estrangeiro cortou o braço para leva-lo ao seu país natal, mas foi capturado por um fluxo de sangue que brotou das extremidades do santo.
Um século depois, foi feito o reconhecimento dos ossos e viu-se que os braços amputados estavam intactos e ensopados de sangue.
Séculos depois, repetiu-se o derramamento de sangue fresco dos braços de São Nicolau de Tolentino.
São Nicolau de Tolentino, rogai por nós!