Bem-aventurada Nhá Chica - 14/06

Bem-aventurada Nhá Chica

Francisca de Paula de Jesus, a Nhá Chica, é a primeira bem-aventurada negra do Brasil.

Leiga, ela não pertencia a nenhuma ordem religiosa.

Analfabeta, não lia a Bíblia, mas, aplicava no dia a dia o amor ao próximo e a caridade, o que a fez ser conhecida como ‘Mãe dos Pobres’.

Francisca nasceu em São João Del Rei (MG) mas, viveu a maior parte da sua vida em Baependi (MG), onde morreu no dia 14 de junho de 1895.

Desde então, os relatos de cura por intercessão de Nhá Chica são vários.

O milagre

O processo de beatificação, por exemplo, começou em 1993.

Mas, foi em 1995 que o processo ganhou um capítulo decisivo.

Em julho daquele ano, a professora Ana Lúcia Leite, descobriu que tinha um problema congênito no coração.

Na véspera de fazer uma cirurgia, ela sentiu uma forte febre

Exames posteriores, porém, revelaram que o problema havia desaparecido.

Ana Lúcia havia rezado a Nhá Chica e considera que foi curada por intermédio dela.

Venerável

Em 1998, o provável milagre foi enviado ao Vaticano.

Em janeiro de 2011, o Papa Bento XVI aprovou as virtudes heróicas e designou o título de Venerável a Nhá Chica.

Finalmente, em outubro do mesmo ano, a comissão médica da Congregação das Causas dos Santos do Vaticano aprovou o milagre atribuído a Nhá Chica, concordando que a cura não tem explicação científica.

Dessa forma, a comissão de cardeais do Vaticano atestou o milagre em junho de 2012.

Além disso, no mesmo mês, o Papa Bento XVI assinou o decreto de sua beatificação.

Beatificação

Primeiramente, em 30 de abril de 2004, os bispos brasileiros reunidos na 42ª Assembleia Geral de Bispos do Brasil (CNBB) assinaram um documento pedindo pela beatificação de Nhá Chica.

O documento, que reuniu 204 assinaturas de Bispos de 25 estados brasileiros.

Este documneto, foi, então, encaminhado pela Diocese de Campanha ao então Papa João Paulo II.

Assim, no dia 8 de junho de 2010, no Vaticano, deram parecer favorável às Virtudes da Serva de Deus Nhá Chica.

Então, no dia 14 de janeiro de 2011, Papa Bento XVI aprovou as suas Virtudes Heróicas,

Em outras palavras: castidade, obediência, fé, pobreza, esperança, caridade, fortaleza, prudência, temperança, justiça e humildade.

Em 14 de outubro de 2011 o Milagre foi reconhecido.

A comissão médica da Congregação das Causas dos Santos, analisou o milagre ocorrido por intercessão da Venerável Nhá Chica em favor da senhora Ana Lúcia.

Logo, todos os 07 médicos deram voto favorável: a cura não tem explicação científica.

O Estudo do Milagre pela comissão de Cardeais da Santa Sé aconteceu em 05 de junho de 2012.

O Papa Bento XVI, então, promulgou o Decreto da Beatificação de Nhá Chica, sendo que, a cerimônia oficial aconteceu no dia 04 de maio de 2013, em Baependi.

Na ocasião, disse o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo:

‘A celebração dessa festa, enriquece e perpetua o tesouro de nossa fé católica, convidando cada um a inspirar-se neste exercício de fé.

É o mesmo percurso seguido pelos que ganharam a condição de patriarcas, profetas, mártires, santos, amigos de Deus.

Cidadãos e cidadãs, mas, com as marcas da eternidade, comprometidos com a vida e com a justiça.

Esse exercício é o que, pela fé, possibilita uma importante certeza: ou seja, as coisas visíveis provêm daquilo que não se vê.

Nhá Chica ofereceu seus sacrifícios sem lamúrias e os converteu em oferendas agradáveis que se transformam em frutos de bem.

Sua simplicidade é transformada em sabedoria

Porque, como registra o referido capítulo da Carta aos Hebreus, permite a compreensão de que sem a fé é impossível agradar a Deus.

Quem Dele se aproxima deve crer que Ele existe e recompensa os que o procuram.

Na estatura simples de Nhá Chica, sua experiência de fé tracejou como em Noé ‘o levar a sério’ a promessa divina.

A obediência amorosa que impulsionou Abraão fazendo-o partir confiante para uma terra que deveria receber como herança.

Nela, pobre, sem letras e sem poder, como em Sara, a estéril, é manifestada a força do amor de Deus por uma admirável capacidade de fazer o bem em vida e depois da morte.

Pela fé, Jacó se prostrou em adoração e Nhá Chica viveu adorando, especialmente às sextas-feiras, tocada pelos sofrimentos redentores de seu Senhor.

Pela fé, José relembrou, já no fim da vida, do êxodo dos filhos de Israel e Nhá Chica continua lembrando-se de todos nós.

Também pelo caminho da fé, Moisés preferiu ser maltratado com o povo de Deus e Nhá Chica escolheu ser conselheira e protetora daqueles que são desafiados pelos sofrimentos.

Sua beatificação ensina a todos nós que a fé é o tesouro maior.’
Nhá Chica, rogai por nós!

Texto: Paulinas Internet
Fonte: Portal Paulinas
http://comeceodiafeliz.com.br/santo/14-06

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