Santo Aleixo - 17/07
Aleixo, filho único do senador Eufemiano, era italiano, nasceu em Roma, no ano de 350.
Seu nome, por exemplo, significa “defensor”.
Herdeiro de uma considerável fortuna, cresceu dentro da religião cristã.
Desde a infância era famoso acima de tudo, por sua natural caridade, possuindo todas as graças e virtudes.
Os pais, no entanto, como era costume na época, cuidaram do seu enlace com uma jovem de excelente família cristã e ele acabou se casando.
Porém, na noite de núpcias sem consumar a união, e após conversar com a esposa, abandonou tudo para se aproximar de Deus.
Assim, como peregrino, vagou de cidade em cidade até chegar em Edessa, na Síria, onde ficou por algum tempo.
Vivia, dessa forma, como um piedoso mendigo ao lado da Basílica do Apóstolo Tomé.
Repartindo, sobretudo, com os pobres as esmolas que recebia.
Diversos prodígios aconteciam com a sua presença, por isso, passou a ser chamado de “o homem de Deus” e venerado por sua santidade.
Entretanto, não desejando ser vangloriado e para continuar no anonimato, retornou à vida peregrina.
A vida de peregrino desfigurou-o completamente.
Ao voltar para casa, seu pai não o reconheceu e mandou repousar na cocheira.
Viveu assim durante dezessete anos, na cocheira do seu próprio palácio, sendo maltratado pelos seus próprios criados e sem ser identificado pelos pais.
Morreu em 17 de julho e foi colocado num cemitério comum para criados.
Porém, antes de morrer, entregou um pergaminho ao criado que o socorreu, na qual revelava sua identidade.
Os pais quando souberam, levaram o caso ao conhecimento do Bispo, que autorizou sua exumação.
Aleixo foi levado então para um túmulo construído na propriedade do senador.
A fama de sua história e de “homem de Deus” se espalhou entre os cristãos romanos e orientais, difundindo rapidamente o seu culto.
Segundo uma antiga tradição romana, a casa do senador ficava no monte Aventino.
Em 1217, durante a construção da igreja dedicada a São Bonifácio, foram encontradas, neste local, as relíquias de santo Aleixo.
Por esse motivo, o papa Honório III decidiu que ela seria dedicada a santo Aleixo.
Outro grande devoto deste santo foi o bispo Sérgio de Damasco, que viveu em Roma no final do século X.
Ele acabou fundando o Mosteiro de Santo Aleixo, destinado aos monges gregos.
No século XV, os Irmãos de Santo Aleixo elegeram-no como patrono.
Em 1817, a Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria nomeou-o seu segundo patrono, como exemplo de paciência, humildade e de caridade a ser seguido.
A Igreja manteve o dia de sua festa no dia 17 de julho, como sempre foi celebrada pela antiga tradição cristã.
Santo Aleixo, rogai por nós!