Santo Arnolfo de Metz - 18/07
Arnolfo nasceu em Metz, na antiga Gália, atual França, no ano 582.
Era membro de uma família cristã muito importante, que fazia parte da nobreza.
Ele estudou e casou-se com uma aristocrata, com a qual teve dois filhos.
Nesta época, por exemplo, a região da Gália era dominada pelos francos e era dividida em diversos reinos rivais, tendo, como consequência grandes massacres familiares e corrupção.
Um desses reinos era o da Austrásia, do rei Teodeberto II.
Desse modo, o rei, conhecendo a fama da conduta cristã de Arnolfo o tornou como seu conselheiro.
Porém, quando o rei morreu, todos os seus descendentes e familiares foram assassinados a mando do rei dos francos, Clotário II, que incorporou a região aos seus domínios.
Era nesse clima que vivia Arnolfo, um homem de fé inabalável, correto e justo.
O rei Clotário II, agora soberano de um extenso território, conhecendo a fama da conduta cristã de Arnolfo, também o tornou seu conselheiro.
Confiou-lhe, também, a educação de seu filho Dagoberto, que se formou dentro dos costumes da piedade e do amor cristão.
Tal preparo fez de Dagoberto um dos reis católicos mais justos da história, não tendo cometido nenhuma atrocidade durante o seu governo.
Em 614, o rei Clotário II o nomeou, embora leigo, bispo de Metz, que acumulou todas as atribuições da Corte.
Mas, Arnolfo, não queria aceitar.
Uma bela passagem ilustra bem o caráter daquele que se tornou um dos grandes bispos do seu tempo.
Conta a tradição que lançou seu anel episcopal no rio, dizendo a Deus que se ele fosse digno do episcopado, fizesse o anel retornar.
Alguns dias depois o anel foi encontrado no ventre de um peixe.
Naquele tempo, as questões dos leigos e do celibato não tinham uma disciplina rigorosa e uniforme dentro da Igreja, que ainda seguia evangelizando a Europa.
Por isso, mesmo casado, Arnolfo foi bispo e um de seus filhos tornou-se padre.
Como chefe daquela diocese, participou dos concílios nacionais de Clichy e de Reims.
Mais tarde, seu filho Clodolfo tornou-se bispo e assumiu a diocese de Metz.
Enquanto, o outro filho, Ansegiso, tornou-se um dos primeiros ‘mestres de palácio’ da chamada Era Carolíngia.
Depois de algum tempo, Arnolfo abandonou o bispado e o cargo na Corte para ingressar no mosteiro fundado por seu amigo Romarico, outro que havia abandonado a Corte e o rei.
Desta maneira serena, Arnolfo viveu o resto de seus dias, dedicando-se às orações, à penitência e à caridade.
Arnolfo morreu no dia 18 de julho de 641, naquele mosteiro.
Assim que a notícia chegou em Metz, os habitantes reclamaram-lhe o corpo, depositando-o na basílica que adotou, para sempre, o seu nome.
Santo Arnolfo, rogai por nós!