São Turíbio de Mongrovejo - 23/03
Em 1594 Turíbio Afonso de Mongrovejo fazia sua terceira visita diocesana e nessa oportunidade escreveu um relatório a Filipe II, rei da Espanha.
Percorrera 15.000 km, administrando a crisma a 60.000 fiéis (dentre eles, três santos: Rosa de Lima, Francisco Solano e Martinho de Porres).
A situação da América Latina hoje seria bem diferente.
Se, da mesma forma, os seus sucessores e todos os cristãos tivessem nutrido os mesmos sentimentos e coerências daquele que foi chamado o Apóstolo do Peru e novo Ambrósio e que Bento XIV comparou a são Carlos Borromeu.
De origem espanhola, nasceu no ano de 1538.
Em primeiro lugar, cresceu muito bem educado dentro de uma formação cristã e humana.
Além disso, estudou Direito e prestou muitos serviços nessa área, sempre buscando dar testemunho cristão no ambiente em que se encontrava.
Turíbio ajudou até o rei Felipe, mas, o chamado à vida dedicada ao Senhor, dentro do ministério sacerdotal, falou mais forte.
Nesse sentido, renunciou à sua profissão e, como sacerdote, foi escolhido bispo e enviado ao Peru.
Era um homem apostólico.
Acima de tudo, amou e protegeu os índios e sua cultura.
Com pequena dose de ironia no sínodo de Lima, convidavam-se os espanhóis, que se julgavam muito inteligentes, a aprenderem uma nova língua, a dos índios, pois se vangloriavam de serem mais inteligentes que estes.
Turíbio fez questão de receber o viático justamente em uma capelinha indígena.
Era o dia 23 de março de 1606, quinta-feira santa.
Sem interesses e sem comungar com o poder opressor, ele deixou um marco para toda a América:
de que o mundo precisa de santos, e isso só é possível na misericórdia, no amor, na verdade, no anúncio e na coragem de denunciar.
Depois de uma grave enfermidade, faleceu em 1606.
São Turíbio de Mongrovejo, rogai por nós!